quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tristeza...

"Eu vaguei pela vida sem conforto,
Esperei minha amante noite e dia
E o ideal não veio...
Farto de vida, breve serei morto..."
*Alvares de Azevedo*


Ah!... poesia uma beleza despertada
Onde coloco meus tristes pensamentos
Na senda desse misterioso tempo
Eu escrevo minhas profundas magoas

Ó lua! ó noite bela! eu inspiro nesse momento
De tanto tédio e agonia é minha vida
Que breve desse mundo sera varrida
Não chore em meu triste passamento!

Nessa noite eu não desanimo. Eu inspiro
Tanta dor em meu coração, inda to vivo
Dama misteriosa vem deitar comigo
Fico ditoso quando passa por mim o teu suspiro

A lei da natureza cheia de moda
Na Felicidade dela Todos corre
Que divide os principios de Todos dessa forma:
Aquele nasce, aquele vive, e esse morre!

Oh ter sonhado na vida tantos amores
Sonhado em acorda ao lado das donzelas belas
E nunca ter encontrado nenhuma delas
Para lhe dar o meu amor, hoje namoro as flores

Queria ser feliz essa hora
Vejo as estrelas partirem e a chegada da manha
Sou poeta, sois ventura hoje e amanhã
Óh Deus... deixe-me ser feliz outrora

Quando eu no sono durmi na sepultura
Naquela sombria e lazarenta floresta esquecida
Aqueles que passar por mim será que vão lembrar de minha lira
Foi poeta, amava a noite, era sonho -Fui ventura-

De tanta tristeza em meu peito me devora
Meu coração por uma alma de donzela sentia necessidade
De um amor, tarde de mais pode ser outrora...

Para o meu sepulcro vou levar tanta saudade
Das visões lindas que tive, o que resta agora?
Resta um poeta morto... que fatalidade!